Dicionario

 





Dicionário dos tópicos da Vida em Aulas

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Nome, [número e sigla] do tópico. Definição.

Todo tópico da vida em aulas- e portanto toda palavra deste dicionário - pode ser (a) uma ocorrência, manifestação, fática, na dimensão da realidade concreta, b) um conceito, quando na dimensão da realidade abstrata, e c) ou um aspecto subjetivo, uma experiência, quando na dimensão da realidade pessoal. 

Assim, cada palavra pode significar simultaneamente um fato, uma ideia e uma experiência pessoal, mesmo que em sua definição estejamos apenas lidando com o conceito (na verdade a subjetividade do autor costuma estar presente também).

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A Vida em Aulas -  [T1, VIDA] Existem diferentes formas de se compreender e descrever a realidade. A teoria que apresentamos - A VIDA EM AULAS - divide a realidade em cinco grandes áreas - Prática, Competências Vitais, Aspectos da Realidade, Princípios da Realidade e Opostos Complementares. A prática trata das aplicações concretas da teoria, inclusive as aulas de pedagogia terapêutica. O desenvolvimento das competências vitais é o objetivo das aulas. Os três aspectos da realidade revelam os ingredientes que constituem a realidade, as substâncias básicas que se misturam para formar o que é real. Os princípios são os cinco valores centrais que explicam o funcionamento da realidade. Os opostos complementares são as categorias lógicas transdisciplinares para pensar a realidade. A vida em aulas faz parte das teorias que tentam explicar o mundo por meio de uma síntese de grandes conceitos, como as categorias de Aristóteles.

Absoluto - [T95, EMSI]. Quando falamos no aspecto absoluto (ou conceitos afins como "imanência") de cada realidade existente, pensamos em algo que é incondicionado, autorreferente, independente, completo. Quando adotamos esse oposto complementar, consideramos algo em si mesmo e não em sua relação com outros fatores. 

É importante destacar que, embora o absoluto seja uma dimensão inegável de todas as coisas, ideias e experiências que existem, isso não quer dizer que algo possa ser apenas absoluto, e que não tenha uma dimensão relativa igualmente relevante, na qual é incompleto, condicionado e contingente. O Absoluto faz parte dos tópicos Absoluto e Relativo.

Absoluto e Relativo - [T95-T96, ABRE]. O tópico do absoluto e do relativo, facetas que, ao decompormos nossa realidade, encontramos em cada um de seus pedacinhos, formam, juntos um par de opostos complementares. Esses tópicos podem ser utilizados individualmente ou em conjunto, embora seja comum que a utilização de um invoque a referência ao outro. Para conhecer melhor sobre cada um deles, consulte os termos 'Absoluto' e 'Relativo' neste dicionário.

Afetossexualidade - [T67-T68, AFEX]. É o amor romântico-sexual que faz parte do tópico do Amor e Poder (consultar).

Agentes - [T19, AGEN]. Para cada ação percebida ou realizada existe um agente correspondente. A ação pode ser direta, consciente e intencional como esticar o braço para pegar uma caneca de café, ou indireta, impessoal ou simbólica como quando a atribuímos à empresa, ao poder público, à sociedade etc. A par de quem sejam, as pessoas ou os fatores, aos quais vinculamos a causalidade geradora da ação. Ou seja, para nosso uso o sentido de agentes é interpretado com amplitude, sem restrições de intenção, consciência ou pessoalidade. Obviamente, se formos falar de ação pessoal, o conceito adotado de agente será diferente.

No Emaranhado do Bem Comum, o conceito central de autor da ação que usamos era o Agente. Na Vida em Aulas, embora esse tópico também exista, o conceito central de autor da ação é a pessoa, da qual tratamos ao falar da ‘Realidade Pessoal’.

Amor e Poder - [T67-T68, AMOP] As necessidades humanas são um aspecto essencial e variado de nossa espécie. No livro 'A jornada no emaranhado do bem comum' fizemos uma organização das necessidades que incorporamos à presente teoria. Lá, dentre os diversos gêneros de necessidades, encontramos as diferenças (humanas) como necessidades, ou melhor, como uma condição necessária, intrínseca, a nós. E dentre as diversas diferenças (como a diferença etária p. ex.) encontramos as relativas a afetossexualidade. 

Neste tópico podemos tratar de variados temas relativos ao afeto e à sexualidade, dentre os quais destacamos os seguintes: a) amor livre, afeto e sexo, b) libido, afeto e sexo, c) autoestima, afeto e sexo, d) comunicação, afeto e sexo, e) condução, fetiches, afeto e sexo, f) diferenciação entre homens e mulheres no afeto e no sexo, g) afeto, h) famílias mosaico (a teia de relações de pais separados, companheiros e filhos). 

Ampliar - [T31, ZOIN].  Nossa capacidade de perceber a realidade é limitada. É ainda mais limitada do que usar uma lanterna para iluminar o caminho numa noite totalmente escura. 

É como quando eu saio do meu trabalho e olho em direção a minha residência. O que vejo é uma massa de pequenos pontos, que na verdade são grandes prédios, que juntos formam meu bairro. Vou caminhando e depois de um tempo já reconheço a longa rua onde moro e muitas casas uma do lado da outra, mais um pouco e já vejo um pequeno ponto amarelo, fixo nele, continuo caminhando, e agora já vejo meu portão de ferro branco, as rosas no meu jardim, minha porta marrom, a maçaneta enferrujada, e todos os outros detalhes da frente de casa. Dessa mesma forma que essa experiência concreta, tudo na vida pode ser percebido e interpretado de uma maneira mais restrita, mais focada, delimitada e concentrada. O Ampliar faz parte do Ampliar e Restringir.

Ampliar e restringir - [T31, ZOOM]. É por meio de nossos sentidos, como a visão, e capacidades cognitivas, como a percepção e a interpretação, que percebemos e entendemos o mundo. Mas o mundo é infinitamente maior do que nossa capacidade de assimilá-lo. Assim, sempre vemos uma pequena parte da realidade, e perdemos o resto. Uma das formas de captar mais dessa realidade é 'ampliar' [ZOIN] ou 'restringir' [ZOUT] o nosso foco perceptivo (consultar conceitos). 

Podemos ampliar OU restringir, mas difícil perceber as duas operações ao mesmo tempo. Se melhorar a profundidade e detalhamento da compreensão de algo (ampliar os detalhes), devemos nos concentrar nisso e restringir a amplitude geral do que percebemos. Ao contrário, se queremos nos afastar e restringir os detalhes mais concretos e ter uma visão mais geral da realidade, devemos aumentar a amplitude de nossa percepção e nos concentrarmos menos em elementos específicos dessa mesma realidade. Cada situação demanda mais ou menos amplitude, conforme nossos objetivos.

O aspecto do ampliar e restringir, ou aproximar-se e afastar-se, é um desdobramento do oposto complementar da Inclusão e Exclusão, com o qual guarda pertinências.

Apenas Isso - [T86, APIS]. Essa é a primeira das abordagens (consultar termo) que se pode adotar no mundo. Quando temos algo nosso, uma ideia, opinião, crença, explicação, objetivo, conceito etc. e o tomamos inteiramente, como o único existente e verdadeiro, agimos como se "Apenas Isso" existisse, e como se estivéssemos sozinhos no mundo. Quando nos fixamos nessa posição, enrijecidos como um prego pregado no chão reforçamos essa abordagem, o que é captado pelas expressões "I will dia in this hill!". Embora essa abordagem, assim como as outras três, tenha situações onde ela é a mais indicada, essa é a abordagem mais primitiva e dela decorrem a maior parte dos problemas que enfrentamos na convivência com as outras pessoas. Essencialmente, a abordagem das coisas como se estivéssemos sozinhos no mundo funciona bem até que encontremos outra pessoa que pensa, sente, deseja, acredita ou vive diferente de nós. E se se encontram duas ou mais pessoas que abordam uma situação da vida com a abordagem 'sozinho no mundo', elas passam ao conflito de negar a existência, validade ou verdade, uma da outra, acabando numa luta entre eliminar a outra e assegurar a própria sobrevivência. Apenas Isso faz parte das Posturas.

A busca do apenas isso pode levar ao ‘todos perdem’, que decorre naturalmente da abordagem 'isso ou aquilo' (consultar termo), onde se trata os conflitos do mundo como um tudo ou nada, onde há apenas uma verdade e o restante deve ser eliminado. Ocorre que se 'A' pensa isso de 'B', é comum que 'B' também pense isso de 'A'. Assim instaura-se um conflito simbolicamente mortal onde se busca eliminar aquilo que é diferente e afirmar-se como a única, principal, verdadeira ou válida versão dos fatos ou das ideias. Com isso, os debatedores disputam entre si e não tem energia ou condições de aprenderem um com o outro. Se essa abordagem não evoluir para a do 'isso e aquilo' (consultar termo) ela permanece enquanto durar a energia dos opositores, até um ou os dois desistam exaustos. O mais comum todavia é que, enquanto eles perdiam tempo com sua disputa infrutífera, o mundo girou, o tempo passou, e a velhice ou um predador já estão perto demais, por isso, todos perdem ao insistir na abordagem do 'apenas isso'

Autonomia - [T81, AUTO]. A autonomia é o quinto dos cinco princípios. Como um fundamento geral da realidade, a autonomia trata daquilo que é imanente a) em cada elemento que recortamos da realidade, e b) em cada realidade que é composta e componente das demais realidades. Pela autonomia, cada coisa, cada ideia, cada experiência pessoal vale por si. Pela autonomia, consideramos que cada aspecto da realidade rege-se por si e é heterônomo. E nessa perspectiva, da autonomia, cada aspecto se basta (embora, em outras perspectivas, igualmente válidas, ele não se baste), e por si e para si deve ser considerado.

Cada um em sua medida - [T80, CAUM]. Cada um em sua medida, ou o equilíbrio em conjunto, é uma forma complexa, refinada e difícil de agir. Com essa abordagem tratamos de cada um dos aspectos da realidade como uma variável independente, a qual buscamos ajustar de forma a maximizar todos os objetivos e valores em jogo, pressupondo que as múltiplas variáveis existentes influenciam-se umas às outras, mas não necessariamente se determinam, e há margem para, com paciência, inteligência, colaboração, empatia e visão ampla, alcançar o melhor dos mundos possíveis. 

Caminho - [T18, CAMI]. Como as coisas não "aparecem do nada" ou "somem do nada" embora às vezes um olhar desatento ou informações limitadas nos façam acreditar nisso, é fundamental conhecer a origem (doncovin), a situação atual (oncotô) e o destino aonde me dirijo (proncovô), elementos centrais que, juntos com outros formam o caminho da existência de cada coisa.

Para nós, o caminho começa com seu início, lá atrás, a fonte onde tudo começou. Do princípio ela passa por variáveis estados intermediários até chegar onde estamos, na prática do caminho. Daqui em diante, até o fim, transpostos outros estados intermediários, chegaremos ao nosso objetivo, ao nosso 'fim'. Entre o início e o fim alinhamos as diversas posições de duas formas. Ou como um percurso ideal, um trilho, que diretamente parte do começo e, sem desvios, chega ao final sem demora. Na prática, contudo, o que acontecem os percursos reais, tortuosos, trilhas e não trilhos, por meio dos quais vamos nos aproximando do ponto de chegada. 

Para além disso temos os meios de que dispomos para a jornada, e a 'teoria do caminho’', o mapa que representa tudo isso e no qual nos baseamos para trilhar o caminho.

Às vezes se propõe grandes teorias ou esquemas de ação que agregam todos os elementos necessários (em nível bem abstrato) para se viver e conviver no mundo. Por ora, em destaque na teoria da realidade com ela é, temos três desses métodos: "caminho", "caminho do bem comum", e o "processo contextual" (consultar termos). Nesse caso em particular, os métodos têm a mesma estrutura, mas outros métodos podem, e têm, naturalmente, outros formatos.

Assim, são elementos do caminho o início, os meios, tanto a situação atual quanto os recursos disponíveis, o fim, o trilho e a trilha. O estado atual, o meio da jornada, integra o caminho.

Carta Branca - [T15, CARB]. A Carta Branca é o espaço livre para que cada um construa, revele, seus próprios aspectos, fundamentos, ingredientes, oposto complementars e posturas. Ou então, para que simplesmente crie e reinvente o mundo como vê, materializando-o em cartas que podem ser vistas, tocadas e compartilhadas com os demais.

Coaprendizagem - [T16, ✩COM]. A Coaprendizagem é a metodologia de aprendizagem da pedagogia terapêutica do cotidiano. Trata-se de uma metodologia ativa, reflexiva, onde as pessoas aprendem ao mesmo tempo uma com a outra, cada uma ensinando na medida/tema em que sabe e aprendendo na medida/forma que consegue. Existem vários graus de coaprendizagem, dos mais simples - como "aprender ao lado" - aos mais elaborados, tais como aprender diretamente; "do outro", "de si" e "de nós". 

Competências - [T10, COVI]. Os tópicos que constituem a vida em aulas são, em si mesmos, fragmentos de uma realidade maior. Mas eles podem se aproximar da experiência humana, e terem mais utilidade para nós, se se tornarem competências pessoais adquiridas. As competências da vida em aulas se formam pela integração dos tópicos (os conteúdos da teoria) com a experiência pessoal dos participantes da vida em aulas.

Se a vida em aulas agrega os conteúdos da teoria com foco didático, as competências são a perspectiva na qual todo o conteúdo da teoria é visto não como abstrações, mas como habilidades humanas, possuídas, desejadas ou necessitadas, para as quais devemos dirigir nosso foco e as quais orientam nossas ações a serem não apenas operativas, mas formativas das habilidades do sujeito. Aqui, não fazemos algo para alcançar resultados, fazemos algo na medida e na forma em que esse algo ajuda a desenvolver as habilidades das pessoas. E que habilidades seriam essas? Todos os conteúdos da teoria, considerados como competências e não apenas como conceitos. As competências fazem parte da Realidade Pessoal. 

Comportamento - [T57, RPES]. O comportamento,  a externalização de conteúdos internos de cada indivíduo, pertence à realidade pessoal (ver termo), que por sua vez é um dos três ingredientes da realidade (ver termo). Muito da realidade subjetiva é intangível diretamente para nossa percepção, e o comportamento é um dentre os aspectos tangíveis da experiência pessoal, a partir dos quais, buscamos inferir e depreender outros componentes subjetivos da realidade. O Comportamento é uma ideia associada à Realidade Pessoal. 

Condições de Observação - [T29, COBS]. A Observação (consultar termo) é a percepção mais completa que fazemos da realidade e de nós mesmos e tem alguns aspectos componentes relevantes. Dentre eles estão as condições que influenciam a observação, tais como a) quanto tempo ela dura, b) em que posição estava o observador que a efetuou, e assim por diante. As Condições de Observação fazem parte da Observação.

Confiança - [T65, CODU]. Sob o termo confiança trataremos também das crenças (confiança associada a um certo conteúdo), da fé (confiança religiosa), da certeza (grau avançado de confiança) dentre outros termos e aspectos similares e afins. As pessoas costumam acreditar que a confiança é algo intrínseco à realidade, ou seja, coisas verdadeiras determinam a confiança, e coisas falsas não a inspira nas pessoas. Isso, todavia, é um equívoco. 

A confiança é um tópico componente da realidade pessoal, ou seja, é cada pessoa concreta que tem ou não confiança em algo, e não a 'verdade' de algo que determina a confiança que uma pessoa tem naquilo. O quanto alguma coisa aparenta ser de um jeito e continua a ser assim para além de sua aparência, ou o quanto algo é de um jeito e continua (ou não) a ser desse mesmo jeito no futuro, são aspectos diferentes da confiança. A confiança é do sujeito em relação a certo aspecto do mundo e em certo contexto, é um aspecto subjetivo e não objetivo, embora possa se referir a aspectos objetivos (acredito que vai fazer sol amanhã), subjetivos (acredito que ela me ama) ou abstratos (acredito que a confiança é um aspecto subjetivo). A Confiança faz parte da Realidade Pessoal. 

A confiança tem íntima relação com os estados prováveis (consulte-os aqui), ou seja, com a probabilidade dos eventos ocorrerem, estarem ocorrendo como os imaginamos.

Conhecimento - [T51, RABS]. A cultura humana é a grande conquista que, para o bem e para o mal, nos afastou da natureza selvagem. E em todo o longo caminho da civilização criamos e recriamos o conhecimento do mundo e de nós mesmos, de múltiplas maneiras, e em variados formatos. Para efeitos práticos é mais interessante sabermos se estamos falando de conhecimentos disciplinados (relacionados ao paradigma da ciência) ou não.

Conhecimento Disciplinado - [T54, CDIS]. Dentre os variados formatos do conhecimento, o abstrato, conceitual, é o mais lembrado, e, dentro dele, o conhecimento domado, controlado, determinado, disciplinado, é o mais destacado e festejado. O conhecimento disciplinado é formado pelas disciplinas e ciências, e é uma base fundamental - mas não a única - da nossa organização social e de nossas crenças atuais. O Conhecimento Disciplinado faz parte da Realidade Abstrata.

Conhecimento Indisciplinar - [T55, CIND]. O conhecimento disciplinado é apenas a ponta do iceberg do extenso e variável conhecimento desenvolvido ao longo da história humana. Todo o restante - o universo que é cada pessoa, as artes, a religiosidade, as relações humanas em suas mais variadas formas - são tudo fontes inesgotáveis de conhecimento, que de tão vivo que é, não pode ser controlado, disciplinado, sem que seja desconectado, separado da essência da experiência humana. O Conhecimento Indisciplinado faz parte da Realidade Abstrata.

Criar - [T14, ✩CRI]. A invenção é a terceira competência vital. Ela é o espaço do novo, da criatividade, do imprevisto, do intangível que de repente de torna tangível. Ela pode ser mais estruturada como um jogo, mais séria como uma invenção patenteada ou mais leve como uma brincadeira. Se no domínio do caminho nos aventuramos por trilhas, na invenção andamos livremente pelo campo, por sobre os caminhos e demarcações por acaso existentes.

A imaginação faz parte da invenção. A imaginação é um relevante aspecto que existe entre a confluência de dois ingredientes da realidade - a realidade pessoal, pois é uma pessoa que imagina, e a realidade abstrata, pois essa imaginação cria necessariamente uma abstração (ainda que não crie apenas isso). A imaginação enfim integra a invenção e cria parte relevante da realidade abstrata, que por sua vez, constitui parte fundamental da realidade como ela é.

Desordem - [T85, ISOA]. De quantas formas diferentes você pode organizar uma pilha de tijolos? Pode organizá-la em formato de uma casa, ponte, prédio, escola, piso, escultura etc. E qual a forma, ou ordem, correta? A pilha não é a forma correta de organizá-los antes de usá-los para construir outra coisa? E espalhados e quebrados no chão não é a ordem correta que decorre da demolição de uma parede? E quando algo está em ordem para uma pessoa e em desordem para outra? É por essas e tantas outras possibilidades que a melhor forma de entender a desordem é como uma ordem, diferente, que não queremos, não entendemos ou não aceitamos, a ordem "do outro", diferente da nossa forma de fazer as coisas. (consultar o termo 'ordem' também). A Desordem faz parte das Ordens.

Dever - [T64, DEVE]. O dever parece ser o oposto da vontade livre. Na verdade, salvo o caso de uma coersão invencível (se você está amarrado em casa e por isso não consegue ir até a esquina), é sempre a nossa vontade a responsável final pelo que fazemos. Assim, quando cumprimos um dever - que é a vontade de outros, externa a nós - o fazemos por um ato de vontade própria. Assim, a vontade dos outros, o dever, incorpora-se a nós por meio de nossa própria vontade, que o encampa, como se a vontade dos outros passasse a ser a nossa vontade. O dever faz parte dos limites e possibilidades da realidade pessoal.

Dinâmicas - [T9, DINA]. As Dinâmicas são as ações, atividades, que são desenvolvidas para a coaprendizagem da razão generosa. Elas podem ser perguntas e respostas, dinâmicas de grupo e quaisquer outras atividades para vivenciar e experienciar os tópicos na prática e desenvolvê-los como competências pessoais. 

Direção - [T46, ESPA]. Assim como a posição é um aspecto central de definição da localização de um objeto no espaço, a direção é um aspecto central de definição do movimento de um objeto num espaço-tempo, onde o tempo evolui. Dito de outra maneira, a direção de um objeto é tão importante num filme quanto a posição de um objeto é importante numa fotografia.

Eficácia - [T38, ECIA]. A eficácia é um aspecto relativo aos impactos que decorrem de uma ação. A eficácia é a medida de produtividade, de quantidade de resultados produzidos com a qualidade padrão que deles se espera. Assim, a eficácia de quem vende 80 limonadas é maior do que a de quem vende 30.

Eficiência - [T39, ECIE]. A eficiência é um aspecto relativo aos impactos que decorrem de uma ação. A eficiência é a medida de quantos recursos foram gastos, qual o custo, para se alcançar um determinado resultado. A eficiência de quem vende 30 limonadas em 10 minutos é maior do que a de quem vende 80 limonadas em 5 horas. O que vale para o custo também caso o custo unitário de quem vendeu 30 seja três vezes menor de quem vendeu 80, se todas foram vendidas pelo mesmo preço. 

Efetividade - [T40, EFET]. A efetividade é um aspecto relativo aos impactos que decorrem de uma ação. A efetividade não diz respeito aos resultados - mais produtivos ou menos custosos - e sim aos impactos que decorrem dos resultados, e em que medida esses impactos satisfazem as necessidades que levaram à ação que os produziu. Ou seja, os impactos produzidos satisfizeram as necessidades originais que motivaram a ação? Em que medida? A Efetividade faz parte dos Impactos.

Espectro - [T89, ESPE]. O espectro, ou escala, é uma forma de ver o mundo, que se opõe à forma binária de ver o mundo, que o divide entre o que é e não é, entre isso e aquilo, entre quente e frio, justo e injusto, bom e mal. A escala vê a distancia entre dois objetos como preenchida por diversos objetos de qualidade ou quantidade intermediária, sendo que a progressão entre eles é escalonada, do maior para o menor (ou vice-versa). O espectro é uma abordagem útil, que sempre faz evoluir um conflito entre duas partes, dois conceitos, colocando posições intermediárias que podem ser mais adequadas do que as posições extremadas naquele tema. Entre "você não me ama" e "você me ama" existem infinitas qualidades de amor acompanhadas de suas condições típicas ou atípicas. 

Escola - [T3, AULA]. A escola da vida em aulas é a infraestrutura do processo de coaprendizagem da vida em aulas. Assim, os cursos e os materiais livres ficam sob o guarda-chuva da escola da vida em aulas.

É sobre mim - [T12, EU++]. No É sobre mim - cabe o espaço para os aspectos pessoais, próprios, de cada pessoa, ao interagir com as demais. É como se esse item tivesse 8.000.000.000 de pastas e cada uma delas estivesse aberta ao autoconhecimento, autodesenvolvimento e autoregulação de cada pessoa em relação à realidade que ela enxerga, vive e na qual convive com as demais pessoas.

É sobre nós - [T12, EU++]. Embora sejamos seres individuais, e nossa jornada pessoal seja sempre central, somos ao mesmo tempo seres gregários e muito do que importa a nós acontece junto com outras pessoas. o conhecimento, transformações e invenção dessas relações é essencial para uma vida realidade.

Espaço - [T46, ESPA]. O termo espaço para nós tem, no geral, o mesmo significado que é vulgarmente empregado pelo senso comum. Todavia, como é um aspecto da realidade, como os demais termos deste dicionário, tem seu conteúdo estruturado como um aspecto em geral, com conteúdos próprios e conteúdos compartilhados com outros aspectos da realidade. O Espaço faz parte da Realidade Concreta.

Exclusão - [T94, ECLU]. A exclusão é um aspecto gênero da realidade que, como 'problemas' agrega inúmeras outras facetas do mesmo fenômeno. Assim, quando falamos de exclusão estamos falando também de separação, secção, análise, destruição, afastamento, divergência dentre muitos outros significados analógicos. 

Existência - [T70, EXIT]. A existência é o primeiro dos princípios da realidade como ela é. Os princípios tanto descrevem como a realidade funciona quanto nos propõe como agir no mundo para viver uma vida melhor. O que a existência descreve é que tudo existe no mundo, mesmo o que não vemos, o que não sabemos, o que não queremos, o que não entendemos e assim por diante. O que a existência propõe é que ajamos no mundo reconhecendo a existência de todos os seus aspecto, passados, presentes, futuros, concretos, abstratos, subjetivos, e assim por diante, e nos adverte que, sem esse princípio de realidade, ser partirmos da realidade como ela é, nossos sonhos de novas realidades possíveis não estarão devidamente alicerçados e não se realizarão na atualidade (permanecerão como ideias e desejos).

Fazer - [T17, ✩FAZ]. A competência vital de fazer é humana e envolve múltiplos aspectos. Concretamente ela é a ação, uma atividade prática ou modo de proceder que intervém no real. Ou então um acontecimento, que não depende de uma intenção humana. Consideramos um agente àquele que gera, ou ao qual é atribuída, uma ação. 

A ação é, de certa forma, o processo imediato, que não "que não chega a ter tempo" de se tornar um processo. Ela também é a forma sintética, unívoca, de nos referimos ao Caminho.

Para nós, ação integrava originalmente o 'Emaranhado do Bem Comum' (ver termo) e está inserida entre o aspecto do problema, ao qual a ação pretende resolver, e o aspecto dos impactos, diretos e indiretos, que dela decorrem.

As ações humanas também têm muitas espécies, tipos, como cantar, dançar, pensar, dormir, correr, sofrer, amar, enfim, como uma regra para o entendimento, tudo aquilo que na língua usamos numa forma verbal indica uma ação (consultar termo), a qual é um dos componentes do 'caminho do bem comum' (consultar termo), mais claramente o componente que vem após os problemas, como algo que é feito para "resolvê-los", ou seja, como o emprego de energia que utilizamos para tornar os problemas (que são necessidades insatisfeitas) em impactos que satisfaçam nossas necessidades. 

Fim do Caminho. [T22, FIMC]. 'Caminho' (consulte o termo) é um tópico composto que agrega vários outros tópicos, dentre eles, o fim. O fim, objetivo, destino, rumo etc. é o último aspecto na sequência que começa com o início, o começo, o princípio, depois segue nos percursos até a situação atual, onde estamos, e daqui parte, seguindo os percursos, em direção ao fim. Outros elementos associados ao caminho são os percursos reais, o percurso ideal, o mapa (do caminho) e os recursos (da caminhada).

Forças e Contraforças - [T79, FORC]. O quarto princípio da realidade trata do equilíbrio dinâmico dos objetos e denomina-se forças e contraforças. O que esse princípio descreve é que, numa certa perspectiva, tudo na vida pode ser visto como forças (em seu aspecto de energia) e as contraforças que reagem às primeiras (energia também). E o que esse fundamento propõe é que, reconhecida essa realidade, ajamos no mundo com consciência das forças e contraforças como o contexto não estático no qual vivemos e agimos, e levando em consideração as compensações, ponderações, reações naturais, necessárias e possíveis que podem tornar a realidade mais equilibrada, não no sentido de simetria literal entre as coisas, mas no sentido de garantir a cada um em sua medida.

Imaginação. Ver ‘Criar’.

Imanência. Ver 'Absoluto'.

Impermanência. Ver 'Variação'. 

Inclusão - [T93, ICLU]. A inclusão é um oposto complementar que agrega muitos outros tópicos analógicos, semelhantes. Dentre eles, a junção, a agregação, a composição, a integração, e, o mais forte deles, a criação (que inclui no mundo). A inclusão é aspecto imprescindível ao fundamento do Pertencimento, e está presente em nossa vida em cada momento que inspiramos e incluímos ar em nossos pulmões. (consulte o aspecto complementar 'exclusão'). A Inclusão faz parte do oposto complementar da Inclusão e Exclusão.

Inclusão e Exclusão - [T93-T94, INEX]. Inclusão (consultar termo) e exclusão (consultar termo) são dois tópicos relevantes e complementares da teoria. Embora cada um desses tópicos seja independente, e, de certa forma, oposto ao outro, a dinâmica e interpenetração entre ambos na vida real faz que por vezes eles sejam abordados em conjunto (ponto para a inclusão neste momento), se não de forma indistinta, pelo menos de forma integrada. Quando agimos dessa forma recorremos ao oposto complementar da 'inclusão-exclusão', como uma certa classe que engloba o que há de comum em seus tópicos componentes.

Aspectos da Realidade - [T41, ASPE]. Algumas pessoas gostam de sentar num banquinho como uma perna, dizendo por exemplo que tudo o que importa na realidade é sua objetividade. Outras, preferem sentar num banquinho com duas pernas e vêem o mundo como dividido entre a abstração e a concretude. Outras, por fim, preferem sentar-se num banquinho com três pernas - essa sim o único que pára em pé -  e percebem uma realidade formada pelo que é concreto, abstrato e pessoal. Assim temos os três aspectos constitutivos e sempre presentes na realidade: o concreto/objetivo, o abstrato/simbólico, o pessoal/subjetivo. Qualquer tentativa de se compreender a realidade como ela é, que renega um desses ingredientes, está fadada ao fracasso e a uma visão falha de como as coisas são.

Início do Caminho - [T20, INIC]. O início, ou começo, onde tudo se inicia, e o princípio de cada coisa, são um único aspecto componente do 'caminho' (consultar termo). O princípio é onde estávamos, é a fonte do caminho, é a origem do caminhar. E tal como dizem ao falar de "uma pessoa de princípios", o princípio exerce forte influência em nossa trajetória. se se imagina dentre as infinitas possibilidades, um certo princípio A, uma certa situação atual B, e um certo destino C, bem se vê que a posição de cada um desses determina, e muito, o trajeto, o caminho, que resulta da ordenação desses pontos. O início faz parte do Caminho.

Intangível - [T92, INTA]. Inalcançável, obscuro, invisível são significados contidos naquilo que é intangível para nós. Na metáfora do iceberg, intangível é tudo aquilo - a maior parte da realidade - que fica abaixo do nível do mar e que não enxergamos (embora os peixes pudessem dizer que essa é a parte tangível). O aspecto intangível do mundo faz par com o aspecto tangível (consultar termo) do mundo, e são importantes em vista da diferença de sua proporção (apenas uma pequena parte do mundo é tangível para nós a cada momento) e de seus efeitos em nossas vidas: como tratamos o que é intangível, como se não existisse vs como existentes que são, faz toda a diferença entre uma vida alegre e uma vida miserável. O Intangível faz parte do oposto complementar do Tangível e Intangível.

Interpretação - [T33, INTE]. A interpretação é o terceiro componente da observação. Da interpretação nasce nossa (re)ação ou uma ação realmente criativa, que geram impactos, que esperamos que satisfaçam nossas necessidades.

Invenção. Ver ‘Criar’. 

Isso se manifesta… - [T71, IMAN]. Ver também o conceito de 'manifestação' neste dicionário. O ser das coisas, o imutável, o essencial para a vida em aulas, é a existência, pois segundo o fundamento da Existência, tudo existe! No ser se encontram por um lado a existência, e por outro, as infindas e dinâmicas formas que ela toma, já que "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 

Isso e Aquilo - [T85, ISOA]. 'Isso e aquilo' é uma postura possível para enfrentar os conflitos do mundo. De um modo geral podemos dizer que se opõe à postura do 'isso ou aquilo', ou seja, não nos direciona à busca de eliminar os aspectos do mundo em conflito ou tensionados, mas acredita, admite e deseja que eles sejam, de alguma forma, preservados. Essa postura agrega todas as formas estáticas, formuladas, de administrar a escassez do mundo (escassez de significados (só uma versão pode estar correta), de recursos (só existe uma vaga na sala de aula) etc.) de forma a minimizar os danos e não excluir de pronto o que de alguma forma pode ser preservado. 

Isso ou Aquilo - [T86, ISEA]. O oposto complementar do 'isso ou aquilo', do tudo ou nada, do 8 ou 80, do é ou não é, trata os conflitos da vida como uma tensão binária entre dois opostos que obrigatoriamente precisa ser resolvida com a eliminação de um dos dois elementos que são assim vistos como autoexcludentes. "Não existe mulher meio grávida" e "Deus vomitará os mornos" são exemplos dessa postura radical que busca excluir as partes do mundo que não sejam a própria. O que não quer dizer que essa abordagem não tenha os seus momentos de aplicação, pois não discordamos em usar remédios para eliminar vírus e bactérias e não deveríamos hesitar na escolha numa bifurcação de autoestrada sobre qual caminho seguir, sob pena de causar um acidente e danos. ‘Isso não é aquilo’ integra o tópico do Isso e Aquilo.

Isso por Aquilo - [T90, ISPA]. Por vezes na vida tomamos uma coisa por outra. Às vezes é por engano, e só depois percebemos que "focinho de porco não é tomada". Às vezes é natural, como uma representação é sempre feita de um objeto distante, e tomada como se ele fosse. Às vezes porque pegar o que está próximo (usando um proxy) é mais fácil do que alcançar algo distante ou mesmo inatingível. Às vezes isso por aquilo é uma troca, legítima como o escambo ou uma compra e venda, ou ilegítima como o "toma lá, dá cá" da política. Enfim, esse aspecto tem diferenciadas facetas que se agregam na formulação abstrata de "tomar uma coisa por outra". Isso por Aquilo é um oposto complementar.

Maior. Ver 'Todo' e 'Ampliar'.

Manifestações - [T74, MANIF]. De acordo com o fundamento da existência, não há o que não haja, e tudo existe, independente da forma que adota. Num exemplo concreto, a água é água esteja em formato de gelo, líquida, ou gasosa, seja visível aos olhos ou não. Da mesma forma, todos os aspectos da realidade são considerados eles mesmos, mesmo que mudem de forma, de aparência, de estrutura. Assim, a existência de tudo no mundo permanece ENQUANTO seus estados mudam conforme o segundo fundamento da realidade, a variação. 

Manifestação Atual - [T74, MATU]. Dentre os tipos de manifestações, a manifestação atual é aquela que é constantemente confundido como a coisa, a realidade, em si, já que o que vemos é o estado atual de algo e não necessariamente a sua existência como um todo, que engloba todos seus estados atuais (passados, presente, futuros), seus estados prováveis, e todas as suas possibilidades. 

Manifestação Intangível - [T73, MANF]. Esse é um exemplo de tópico composto, originada da combinação de outros, no caso, a manifestação e o intangível. Muitas situações dependem da percepção, comunicação e convergência humana para serem definidas. Cada país, por exemplo, define suas regras de trânsito, e o que pode ou não ser feito, e as situações reconhecidas ou não, praticadas ou não, afirmadas ou negadas, decorrem do que foi estipulado por quem tinha esse poder, seja de forma mais democrática, seja de forma mais autocrática. 

Manifestações Possíveis - [T76, MPOS]. A mais simples pedra que você encontra no chão já pode foi poeira das estrelas, e pode ter sido rocha que se esfacelou, magma que esfriou, parte de uma construção demolida etc. E em cada história onde há um pedra ("no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho..."), ela será uma pedra diferente, única, sem o corpo daquela pedra concreta à nossa frente, mas ainda assim, uma pedra. Ela será ainda muito diferente para cada pessoa que cruzar com ela, e poderá ainda ter no futuro, infinitos estados diferentes, agregando-se e fragmentando-se e transformando-se. E pode ser ainda que em outros multiversos essa pedra seja ainda muitas outras infinitas e diferentes coisas. Essa é a riqueza dos estados possíveis de uma simples pedra, e de todos os demais aspectos da realidade. 

Manifestações Prováveis - [T75, MPRO]. Dentre as manifestações possíveis de um aspecto, alguns estão mais perto de se tornarem a manifestação atual do que outros. Essa probabilidade de se tornar atual é o que torna os estados mais ou menos prováveis. A probabilidade deles ocorrerem é uma coisa, a confiança (ver vocábulo) é outra, completamente diferente. 

Materiais didáticos - [T1, VIDA]. Os Instrumentos de Coaprendizagem são os meios, físicos e digitais, de apoio à coaprendizagem da razão generosa. Entre eles estão o Baralho Didático, as Cartas, os Cartões, o Curso, os Envelopes, um possível Livro e o Site. As Cartas trazem explicações e dinâmicas de coaprendizagem dos tópicos da vida em aulas. Os baralhos são certos conjuntos significativos de cartas. As fichas contém apenas os nomes dos aspectos e servem para um uso mais intuitivo e flexível, para quem já conhece bem o conteúdo das cartas. Os envelopes servem para colocar os cartões (e até as cartas) dentro, uns dos outros, formando categorias e usando-os para outras atividades didáticas. 

Método. Ver 'Caminho'.

Necessidades Ambientais - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades ambientais, que dizem respeito a um meio ambiente saudável e equilibrado, que preserve a permita o desenvolvimento da vida em suas diversas formas, e em especial, numa visão naturalmente antropocêntrica, a vida em sua forma humana.

Necessidades da Comunicação não Violenta - [T26, NECE].

Necessidade derivada das Diferenças - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades que naturalmente decorrem das diferenças existentes entre os seres humanos. As diferenças são dos mais diversos tipos, como as circunstanciais (estar no estrangeiro, estar preso, estar doente), etárias (ser novo, ser velho), ser minoria étnica, afetossexualidade (relativas a identidade, gênero, sexo etc.), e assim por diante. 

Necessidades Econômicas - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades econômicas, que incluem tópicos da economia, mas também do trabalho e da tecnologia.

Necessidades Educacionais - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades educacionais, relativas à educação formal - o ensino - ou informal, e também relativas à cultura humana (que inclui o tópico da religião).

Necessidade de Funções Públicas - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades de funções públicas que organizem a vida em sociedade e o poder estatal, dentre elas, a função executiva, a função legislativa, a função judicial e a função de controle (controle social ou estatal, incluindo um ministério público e mídia independentes).

Necessidades de Maslow - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, merece destaque a pirâmide das necessidades humanas de A. Maslow, que, numa síntese grosseira, parte das necessidades mais básicas em direção às mais sutis, elencando as necessidades fisiológicas, de segurança, de pertencimento, de status dentro do grupo, de conhecimento, estéticas, de autorrealização. A ordem ascendente indica que as necessidades básicas devem ser minimamente atendidas antes de se passar às seguintes. O conceito explica, tranquilamente, que pessoas em graus muitos distintos da pirâmide de necessidades, terão dificuldades de fazer concordar suas prioridades pessoais.

Necessidades de Saúde - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades de saúde e bem-estar que englobam aspectos como a alimentação, esportes e tópicos de saúde em geral.

Necessidades de Segurança - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades de segurança, que incluem a base de proteção da integridade pessoal, a relevantíssima macrocriminalidade, a defesa militar etc.

Necessidades Sociais - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. Essas necessidades agregam a maioria dos bens individuais que necessitamos produzir coletivamente, em sociedade, e se dividem em necessidades ambientais, baseadas em diferenças, econômicas, educacionais, funções públicas, saúde, segurança e, urbanas e rurais.

Necessidades Urbanas e Rurais - [T26, NECE]. Dentre as necessidades, que são um aspecto relevante da vida humana, estudamos as necessidades sociais no livro 'A jornada no emaranhado do bem comum'. E dentre essas encontramos as necessidades relativas às cidades (coleta de resíduos sólidos, transporte urbano etc.) e às áreas rurais.

Objetivo. Ver 'Fim do Caminho'.

Objetos [T99, OBCO]. Na realidade, todas as coisas estão conectadas entre si. Todavia, somos capazes de secciona-las e isolá-las numa dimensão que permite considerarmos apenas parte da realidade, embora ela como um todo seja algo que não pode ser decomposto sem perder sua natureza original. Dentre os tipos de aspectos concretos, pessoais e abstratos, os últimos, os conceitos, são os mais fáceis de serem analisados e separados da sua inserção original. Os objetos são todas e quaisquer partes nas quais a realidade pode ser decomposta. Ao ser decomposta, deixa de ser realidade e passa a ser apenas um aspecto da realidade. 

Quando olhamos para a realidade, o que percebemos é apenas um pedaço da realidade, sobre o qual  nunca somos capazes de compreender em sua inteireza. Esse pedaço da realidade pode tanto ser visto como um todo em si, composto de realidades menores (e assim por diante, sucessivamente), como pode ser visto como uma realidade menor, componente de outras realidades menores (e assim por diante, sucessivamente). Neste caso, cada uma dessas realidades é um todo em si, composta de todos os objetos que nela estejam presentes, sem que façamos distinção de uma ou outra característica. O tópico faz parte da vida em aulas.

Alguns conceitos têm seus aspectos componentes tão amalgamados que nem lembramos mais deles ou os distinguimos. Outros conceitos, são claramente originados e explícitos em relação à sua composição por outros objetos: esses são os objetos compostos. Exemplos de objetos compostos são o desenvolvimento sustentável, composto pelo meio ambiente equilibrado e pelo desenvolvimento econômico; a tecnologia limpa, composta pela proteção do meio ambiente e pela tecnologia; sorvete de morango, compõe-se de sorvete e do sabor de morango; jardim de inverno ...; e assim por diante.

Observador - [T29, OBVA]. A observação é o segundo componente da satisfação das necessidades. E a observação é feita por um observador, uma pessoa, que observa, ao mundo e a si mesma, captando deste, com suas lentes e perspectiva, uma certa faceta, uma certa compreensão e realizando uma certa interpretação do observado, que é singular. As lentes do observador, que formam sua peculiar forma de ver o mundo, ligam-se a incontáveis fatores de sua realidade pessoal, e não são objetivas em boa parte de seus aspectos.

Opostos Complementares - [T84, OPOS]. Alguns tópicos têm relevância destacada na vida em aulas e também são intrinsecamente ligados a outros, sendo opostos e complementares, que juntos formam pares, servem para revelar melhor diferentes facetas da realidade como ela é. Dentre os opostos encontram-se: Isso ou Aquilo, Isso e Aquilo, Espectros, Isto por Aquilo, Absoluto e Relativo, Inclusão e Exclusão, Tangível e Intangível, Partes e Todo. 

Ordem - [T14, ✩CRI]. A ordem é a ordenação, a organização e estruturação que fazemos do mundo com um certo fim em mente. Há uma certa ordem nesta frase, numa melodia musical, numa fórmula matemática, nos traços de pincel de uma pintura, nos livros de uma estante, nos móveis de uma casa, nos lugares pelos quais passamos ao percorrer um certo trajeto e não outro. Muitas ordens são possíveis, mas normalmente vemos a ordem que nos agrada como 'ordem' e a ordem que nos desagrada como 'desordem' (consultar o termo).

Ordem e desordem - [T14, ✩CRI]. Este é um oposto complementar formado por ordem e desordem. A ordem (consultar termo) e a desordem (consultar termo) são duas faces da mesma moeda, ou seja, um mesmo fragmento da realidade visto por diferentes perspectivas. O certo e o errado, o justo e o injusto, o compreensível e incompreensível são versões da ordem e da desordem. A Ordem e a Desordem estão associados ao primeiro oposto complementar: isso ou aquilo.

Organizações - [T19, AGEN]. As organizações, que aqui usamos no sentido mais amplo possível, ou seja, qualquer agregado de pessoas orientadas a um fim, é um componente dos agentes que por sua vez é um componente da realidade pessoal, que trata do agente por excelência, o ser humano, e de seus múltiplos aspectos influentes e relevantes. As organizações se dividem em segmentos organizacionais (que recebem dezenas de nomes diferentes - superintendência, diretoria, setor, regional etc.). As Organizações fazem parte do tópico de 'Agentes'.

Paradigmas da Cultura - [T56, PARA]. Também conhecidos como modos da cultura. Os paradigmas são grandes explicações de como o mundo funciona e indicações de como devemos intervir. O paradigma pode ou não ter uma ou mais ciências que lhe estudam, mas não se confunde com esse estudo disciplinado, pois o paradigma é mais como uma moldura dentro da qual vemos o mundo e como uma tinta de certa cor, com a qual em tese pode se pintar qualquer coisa, mesmo as coisas que naturalmente tenham outra cor (fica estranho, mas dá para reconhecer). É comum que um paradigma seja usado no lugar de outro, mais propício para aquela tarefa (uso da religião como as leis da sociedade, uso da ciência como a fonte de certezas e significado do mundo, uso da política para definir o que é arte de valor, uso da arte para iludir os outros sobre as alternativas políticas, e assim por diante).

Paradigma da Arte - [T56, PARA]. O paradigma da arte é o da criação e ressignificação das coisas. Nesse paradigma o autor de uma ação, o gerador de uma obra, está contido no mundo que cria e não é excluído como uma subjetividade inoportuna como acontece em alguns outros paradigmas. A arte se revela especialmente no entrelaço entre o autor, a obra e o seu consumidor. Os objetivos da arte variam, mas o paradigma é maior que o objetivo, e a arte nos acompanha, assim como os demais paradigmas, em toda a caminhada humana.

Paradigma da Ciência - [T56, PARA]. O paradigma científico acredita que o mundo todo pode ser disciplinado para caber no método científico, com suas hipóteses, experimentos, ambiente controlado, reprodutibilidade de resultados, revisão por pares etc. etc. A ciência tem evoluído muito ao longo do tempo e é a ela que preferimos recorrer quando vamos voar num avião, fazer uma cirurgia cerebral ou cardíaca, usar um veículo automotor, produzir um computador ou celular etc etc. Mas o objetivo da ciência, ou em nome dela praticado, de erradicar a dimensão religiosa, artística ou política dos seres humanos é irrealista e tem encontrado um fracasso após o outro, embora mais nas versões de ciências exatas do que nas ciências humanas.

Paradigma da Economia - [T56, PARA]. A forma econômica de ver o mundo, nascida da escassez de recursos materiais no mundo, que de regra é sempre menor do que nossas necessidades, busca a eficiência e eficácia do menor gasto de recursos, menor custo, com a maior obtenção de resultados, ou seja, a fórmula de melhor custo-benefício de se fazer algo, ou seja, busca-se gastar o mínimo e obter o máximo com um certo esforço.

Paradigma da Filosofia - [T56, PARA]. O paradigma da filosofia é a pergunta, a dúvida, e o que vier junto com elas. A filosofia, num sentido amplo, a urgência individual de questionar e querer entender - e não necessariamente a história da filosofia que conta o que os grandes pensadores já fizeram - é uma forma de abordar o mundo, de entender o mundo, cuja curiosidade supera a utilidade (como na economia), a convergência (como a política), a precisão (como a ciência), a força (como a guerra), e assim por diante.

Paradigma da Moral - [T56, PARA]. Nesse paradigma o mundo está inteiro dividido entre amigos e inimigos, entre aliados e adversários, entre bons (nós) e maus (os outros), e entre conhecidos e desconhecidos. O objetivo, nesta perspectiva de que o mundo é um eterno conflito, é vencer, usar os meios necessários para alcançar os objetivos buscados, independente de sua justiça, ponderação, custo, significado. 

Paradigma da Política - [T56, PARA]. A política pode ser vista como a gestão das questões sociais. Mas mais do que isso ela implica na intervenção nas relações interpessoais com o fim de buscar convergência entre as diferentes perspectivas individuais e coletivas. Quando esse paradigma é adotado, quase tudo que eu toco pode ser usado como um meio para os meus fins, por mais que isso subverta o sentido e vocação original do que eu tomo por instrumento.

Paradigmas Predominantes - [T56, PARA]. Para além dos paradigmas mais gerais que relacionamos na teoria da realidade como ela é, temos diversos paradigmas relevantes em nossa sociedade, como o socialismo, o capitalismo, a infalibilidade das máquinas, o paradigma masculino da força, o paradigma feminino da beleza, e assim por diante.

Paradigma da Religião - [T56, PARA]. Esse paradigma se ocupa com questões centrais da vida tais como: a) de onde viemos e qual a origem do mundo? b) como está ordenado o universo e qual o nosso lugar nele? c) qual o sentido do universo e para onde vamos quando morrermos? As religiões oferecem respostas (na visão dos que crêem literalmente) e alegorias (na visão dos que acreditam figurativamente) para grandes perguntas da vida e, a partir delas, desdobram outras tantas regras, rituais e valores. A religião moderna ainda carrega muitos princípios morais que já funcionaram, antigamente, como regras legais de ordenação social do comportamento humano, o que hoje é deixado a cargo da política e do direito na maioria dos países.

Paradigma da Técnica - [T56, PARA]. O paradigma da técnica responde à pergunta fundamental do 'como' fazer algo? Como sair do ponto A e chegar no ponto B, como produzir certo resultado, como empregar certo instrumento. A técnica tem relação próxima com a ciência - que tem objetivos maiores de normalização e controle do que obtenção de resultados práticos - mas com ela não se confunde. A técnica que se integra com a arte produz o artesanato. Normalmente é um erro se pensar no "como" sem antes ter definido o "porquê" e o "para que".

Parte -  [T97, PART]. A parte, ou fragmento, é um pedaço da realidade. Esses pedaços são vistos de forma separada na dimensão dos aspectos, mas na realidade como ela é são indissociáveis. Independente disso, cada realidade é formada por realidades menores, e cada uma dessa por outras menores ainda, e assim sucessivamente, sem fim, e vice-versa, certas realidades menores se integram para formar uma realidade maior, que compõe-se com outras para formar outra maior ainda e assim sucessivamente, sem fim. Tudo pode ser visto pela sua dimensão de parte de algo maior, um todo ao qual compõe. A parte pode ser concreta e componente da realidade concreta, abstrata e componente da realidade abstrata, e pessoal e componente da realidade pessoal. 

Partes e Todo - [T97-T98, PATO]. Parte-todo é um oposto complementar que engloba o que há de comum e integrado nos aspectos da parte (consultar termo acima) e do todo (consultar termo abaixo). Cada fragmento da realidade pode ser visto, ao mesmo tempo ou de forma sucessiva, em sua dimensão de parte, integrada nos todos maiores que compõe, ou em sua dimensão de todo, composta por infinitas partes que se integraram sucessivamente até chegar àquele todo. Ou seja, cada aspecto ou pedaço da realidade é, simultaneamente, parte de algumas realidades, e todo de outras. Partes e Todo fazem parte dos oposto complementars.

Percepção - [T30, PCEP]. A percepção é o que permite às pessoas captar informações do mundo ao seu redor de uma forma mais elaborada, processada, do que apenas senti-las. A percepção é componente da observação (que permite que o indivíduo processe as informações que tem acesso de forma mais estruturada), mesmo quando a percepção seja mais subjetiva que objetiva.

Permanência e Impermanência - [T72, VARI]. A conservação, ou permanência, se contrapõe e complementa à impermanência. Cada coisa, situação, pessoa, ideia, experiência, dure ela milênios ou milissegundos, com o tempo, com as diferentes perspectivas. sempre varia, seja agora, seja depois. Mas enquanto não varia, conserva-se, e é desse estado de conservação dos aspectos - concretos, abstratos, subjetivos - da vida que trata a permanência. Em espaços menores de tempo, a permanência aparece, e se alterna com a impermanência/variação. Os momentos de permanência de uma situação não negam a Variação, que é um princípio, apenas revelam um momento, um estado passageiro das coisas. A Permanência e Impermanência fazem parte da Variação.

Perspectivas - [T31, PERS]. Usamos o termo perspectiva para todas as observações que fazemos, abstratas ou concretas, ainda que o termo se origine da experiência concreta de quem olha para algo e pode olhar por diferentes ângulos. E assim como um prédio pode ser observado por múltiplas perspectivas, da fachada, da  frente, de trás, de dentro, de fora, de um andar, de outro, etc., também as questões da realidade podem ser vistas de múltiplas perspectivas, pela mesma pessoa e por pessoas distintas. As perspectivas fazem parte da observação.

Pertencimento - [T77, PERT]. Esse é o terceiro princípio da vida em aulas. O pertencimento em sua forma mais analítica trata das relações entre os aspectos, e das relações entre as realidades. Mais além, o pertencimento é a afirmação de que tudo está conectado. E mais além ainda o pertencimento é a realidade de que estamos, nós, cada um de nós, conectados aos outros, e que o pertencer (belonging) a uma causa, grupo, sistema, comunidade, é uma das necessidades humanas mais profundas, cujo desatendimento costuma prejudicar o significado e a satisfação com a própria vida e com o mundo que nos cerca.

Ponto de Observação - [T29, COBS]. A observação (consultar termo) é influenciada por inúmeros fatores que a condicionam, que são as condições de observação. Um deles é o ponto de observação, ou seja, onde se encontra o observador no momento da observação. Num jogo de futebol, por exemplo, cada jogador, o juiz e os auxiliares, as câmeras, e cada torcedor tem um ponto de observação diferente, e isso influencia na observação que cada um faz daquilo que é observado. O ponto de observação faz parte da  observação.

Ponto de Virada - [T72, VARI]. Para quem não vê o mundo de uma forma binária, onde é “tudo ou nada", ou é isso ou é aquilo, a diferença entre os aspectos do mundo é progressiva, como numa escala (consultar termo) que divide em vários graus a distância entre um e outro. Essa abordagem quantitativa da diferença, contudo, não quer dizer que, em alguns desses graus, não possa ocorrer uma mudança significativa, abrupta, exponencial, tal como ocorre na abordagem binária, que passa do tudo ao nada num segundo. A progressão quantitativa gradual pode sim encontrar um ponto de virada, um dentre os graus quantitativos que, se atingido, provoca uma mudança qualitativa relevante na realidade. Em termos de realidade física isso vale para os 100 graus nos quais a água passa a evaporar, e vale para a gota que, dentre centenas de outras gotas, entorna o copo que se enche. O ponto de virada faz parte do princípio da variação.

Posição - [T46, ESPA]. Quando falamos em espaço, que é outro componente da realidade concreta (que por sua vez é um dos três aspectos da realidade), estabelecemos uma dimensão que pode ser ocupada por vários objetos. O lugar que um objeto ocupa no espaço é a sua posição. Esse conceito também é importante para as observações que fazemos, pois nelas vemos vários elementos e cada um deles ocupa uma posição diferente. A posição, como a direção e o sentido, faz parte da realidade concreta.

Prática do Caminho, A. - [T24, TLHA]. A trilha, ou os percursos reais, são todos os trajetos efetivamente trilhados por quem parte de um ponto A em direção a um ponto B. Ao contrário do trilho - que é a teoria do caminho (consultar) -, os percursos reais - que são vários - se realizam como se formam as trilhas numa floresta, gerando o caminho (consultar termo) que se forma pelo caminhar, mesmo que depois esse caminho se consolide numa estrada. O trajeto da trilha de alguém, como p ex. sua trajetória de vida, pode passar por várias estradas, sem que se restrinja a alguma delas em particular. A trilha faz parte do Caminho.

Prazer - [T64, LIPO]. O prazer normalmente é pouco lembrado como referência conceitual importante. Tanto é que foi um dos últimos aspectos a serem incorporados na teoria da vida em aulas. Mas a desimportância conceitual é inversamente proporcional à importância na vida prática, já que, quando não buscado diretamente, o prazer é a motivação para inúmeras outras ações cujos resultados permitirão um prazer indireto ou, se adiado, aumentado em relação ao prazer que se poderia obter diretamente. O prazer faz parte dos limites e possibilidades da pessoa.

Princípios - [T69, PRIN]. Os princípios, que são cinco, constituem um núcleo central da teoria da vida em aulas. Eles indicam uma direção para a realidade pessoal se construir em acordo com a realidade como ela é. 

Problemas - [T27, PROB]. Os problemas são a dimensão externa, concreta, das necessidades insatisfeitas. Perante estas agimos buscando realizar sua satisfação. Os problemas são um aspecto muito genérico que agrega várias dezenas de espécies (consultar espécies de problemas) que, genericamente são, afinal, apenas um problema. Os Problemas foram desenvolvidos no Emaranhado do Bem Comum.

Problema Determinado - [T27, PROB]. Um problema determinado, que também pode ser compreendido como um problema concreto, se tivermos limites concretos como tempo e espaço, dentre outros, é um problema que tem vários aspectos já determinados e que não podem ser definidos livremente, como se faz num problema abstrato. Quanto mais determinado um problema, mais seus aspectos estão definidos e menos se pode inventar naqueles aspectos, os quais precisam ser levados em consideração na hora da construção da solução possível, para que esta seja realizável e eficaz. O problema determinado faz parte dos Problemas.

Processo Orientado à Valor - [T18, CAMI]. O processo contextual é um método (consultar termo) que fornece uma estrutura científica completa para a intervenção humana na realidade. A autoria é de Fuad Gattaz Sobrinho e da SDPS - Sociedade Científica de Desenho e Processos. O processo contextual inicia-se com um valor inicial, que será processado com base numa infraestrutura, cujo processamento obedece certas referências, que se dirigem à obtenção de um valor final, sendo que todos esses elementos se integram sincronicamente por meio de uma transição. O Processo Orientado à Valor é um dos caminhos possíveis da vida em aulas.

Propósito. Ver ‘significado’. 

Quantidade - [T99, OBJE]. A quantidade de ocorrências de elementos idênticos (4 canetas, 12 bolas etc.) é um dos atributos dos objetos da realidade. Cada objeto tem uma certa qualidade e uma certa quantidade que contribuem para definir seu estado num dado momento. A quantidade pode ser descontínua (como os objetos que contamos) e pode ser contínua (como a extensão medida pela geometria. A quantidade faz parte dos objetos.

Realidade - [T42, REAL]. "O que é a realidade" constitui-se numa questão com a qual nos debatemos desde sempre, e continuaremos assim. Mas o fato de ser uma questão invencível não significa por isso sua resposta não importa e não nos impacta. Queiramos ou não, a concepção que temos da realidade influencia fortemente como pensamos que o mundo funciona e, portanto, como agimos e, portanto, os resultados que produzimos e, ao final, o que acreditamos, fazemos, temos e vivemos. Os tópicos que estudamos na teoria da realidade como ela é nos ajudam a ter uma compreensão melhor da realidade e, portanto, percebermos, sentirmos, acreditarmos, agirmos, produzirmos e convivermos melhor.

Realidade Abstrata - [T51, RABS]. A abstração é um dos três aspectos da realidade. Ao observarmos a realidade pela perspectiva do que é abstrato nos deparamos com a realidade abstrata, as dimensões e facetas abstratas da realidade. A realidade abstrata, composta por ideias, conceitos, teorias, linguagens, simbologia, é dimensão que pode ser concreta (um livro que registra ideias é concreto) ou não (os pensamentos que tenho em minha cabeça não são), pessoal (minha narrativa sobre fatos que observei) ou não (o software de um computador processando informações segundo suas regras preestabelecidas), temporal (a evolução do conceito de justiça ao longo da história humana) ou não (um conceito platônico, atemporal e perfeito de justiça).

Realidade Concreta - [T43, RCON]. Essa é a realidade física, de onde vem nossa maior experiência do que é tangível, embora muito do que é concreto não seja tangível diretamente para nós (tanto o mundo microscópico quanto o alcançável por telescópios está, antes do desenvolvimento de instrumentos científicos, além da nossa percepção pessoal imediata). O espaço-tempo no qual os objetos se movem com direção, o espaço estático no qual os objetos têm posição, e a realidade temporal passada, presente e futura são exemplos de subaspectos da realidade concreta. A realidade concreta é um dos três aspectos da realidade (consultar termo).

Realidade Futura - [T45, RFUT]. A realidade tem 3 aspectos, a realidade concreta, a realidade abstrata e a realidade pessoal. A realidade concreta tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade temporal (consultar termo). A realidade temporal por sua vez tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade passada, a realidade presente, e a realidade futura. A realidade futura é o aspecto temporal que cuida do tempo que ainda não passou, do que está em nosso futuro, seja no tempo concreto, medido pelos relógios (vale lembrar aqui dos diversos fuso-horários), no tempo abstrato (o mundo das ideias tem um tempo próprio), seja no tempo pessoal (nossa ansiedade e expectativa em relação ao futuro).

Realidade Interpessoal - [T60, RITE]. A realidade pessoal, que é uma das três realidades componentes da realidade como ela é, tem, dentre seus subaspectos, uma dimensão interna cada à pessoa e outra externa à cada pessoa. O aspecto externo é a realidade interpessoal, tudo que conecta-se e interage diretamente com as outras pessoas. Um sentimento, por exemplo, faz parte da realidade intrapessoal, interna, mas na medida em que ele se expressa no mundo perante outras pessoas - influenciando o comportamento de quem sente, e por consequência, o comportamento de quem reage a quem se comportou de certa forma por causa de certo sentimento - os aspectos interpessoal e intrapessoal se relacionam, como em geral costuma ocorrer com os aspectos na realidade.

Realidade Intrapessoal - [T59, RITA]. A realidade pessoal, que é um dos três aspectos componentes da realidade como ela é, tem em si uma dimensão interna cada à pessoa, outra externa à cada pessoa, e outra extrapessoal. A realidade intrapessoal, interna à pessoa, contém os fenômenos e experiências originalmente gerados ou aninhados na dimensão interna de cada pessoa. Como exemplo temos as crenças de cada um (embora sejam ideias gerais, compartilhadas por muitos, a minha opção consciente ou não de aderir a uma crença é uma decisão própria), a diferente interpretação que cada um dá aos fatos (informada pela experiência e história pessoais), os sentimentos e sensações que tenho a cada momento, meu corpo físico, etc.

Realidade maior - [T98, TODO]. Quando tratamos de uma realidade, e percebemos que ela é parte de uma outra realidade, denominamos essa realidade de realidade maior. Para entender o que isso significa consulte os termos 'Realidade' e 'Todo'.

Realidade Passada - [T45, RPAS]. A realidade tem 3 aspectos, a realidade concreta, a realidade abstrata e a realidade pessoal. A realidade concreta tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade temporal (consultar termo). A realidade temporal por sua vez tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade passada, a realidade presente, e a realidade futura. A realidade passada trata do tempo passado, da história, do que é lembrado e do que não foi lembrado, das possibilidades que se realizaram e das que não se realizaram. A realidade passada pode ser concreta e tangível (as ruínas de Roma), concreta e intangível (registros históricos críveis de realidades que não podemos mais "tocar" com nossas mãos), abstrata/concreta (registros históricos de edificações do passado), abstrata (registro de ideias que surgiram no passado, e podem ou não ser lembradas no presente), pessoal concreto (a cicatriz de queimadura que tive aos 2 anos e que tenho no meu braço, sem bem que essa é passada, presente e futura), e assim por diante.

Realidade Pessoal - [T57, RPES]. A realidade como ela é tem três aspectos: o concreto, o abstrato e o pessoal. A realidade pessoal é a realidade sentida e percebida pelas pessoas. Aliás, como seria/é a realidade que não é percebida por pessoas? Não sabemos dizer, pois tudo o que sabemos dizer vem ou da nossa experiência pessoal direta ou da experiência pessoal dos outros compartilhada conosco por meio da cultura. Assim, o aspecto pessoal da realidade é uma propriedade natural ainda que moldada pela cultura, consistente ainda que variável, sempre presente, cujo amálgama com as outras duas propriedades - o concreto e o abstrato - não pode ser desfeito senão por uma abstração operada por nossas mentes. E há muito a fazer para nos livrarmos da ficção do racionalismo na qual estamos imersos e reconhecermos, cada um de nós, sem julgar se é bom ou mal, que o aspecto pessoal da realidade é, simplesmente,  inevitável.

Realidade Presente - [T45, RTEM]. A realidade tem 3 aspectos: a realidade concreta, a realidade abstrata e a realidade pessoal. A realidade concreta tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade temporal (consultar termo). A realidade temporal por sua vez tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade passada, a realidade presente, e a realidade futura. A realidade presente é aquela que vivemos no agora, no momento presente. É nela que se manifesta o estado atual (consultar termo) das coisas, onde essas costumam ser mais tangíveis e evidentes. Por isso alguns dizem que só se vive no presente, enquanto todo o resto é ilusão. E a isso respondem outros dizendo que, sem memória, história e aspirações, o homem é menos ainda que um animal.

Realidade Temporal - [T45, RTEM]. A realidade como ela é tem 3 aspectos - a realidade concreta, a realidade abstrata e a realidade pessoal. A realidade concreta tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade temporal (consultar termo). A realidade temporal por sua vez tem, dentre seus aspectos componentes, a realidade passada, a realidade presente, e a realidade futura. A realidade temporal é o aspecto do 'tempo' incorporado à realidade, a partir do que outras conexões também podem acontecer e acontecem. O tempo muitas vezes é compreendido como algo linear, como uma fila invertida e bem organizada, onde cada momento coloca-se em ordem, à frente dos anteriores/passados e, na medida em que o tempo avança, atrás dos novos momentos que chegam. Mas o tempo pode ser visto como circular, quando os momentos se repetem, como o dia, que todo dia nasce com a claridade do Sol e termina com a escuridão de sua ausência. Uma forma mais elaborada de conceber o tempo é no formato de gráfico de Gantt (veja exemplo no link 'realidade temporal'), onde os eventos podem ser intermitentes, em períodos menores ou maiores, e ocorrem em paralelo a outros eventos.

Referências - [T82, REFA]. Qualquer aspecto elencado neste dicionário, ou outros não elencados, pode ser usado como referência de uma ação, análise, avaliação, pensamento etc. Se vou ao parque no sábado e minha referência é metereológica, vou ficar feliz se é um belo dia de sol. Se minha referência é não ser sedentário, vou ficar feliz simplesmente por ir, ainda que chovam canivetes. Se a referência são as relações pessoais, vou ficar feliz se estiver em boa companhia. Se for meu esporte predileto, vou gostar se puder prático e a quadra não estiver fechada para reforma. Assim, conforme muda a referência, mudam a realidade vivida, sentida, avaliada e desejada/não desejada. E uma mesma coisa pode ter várias referências diferentes que afinal são equivalentes por terem uma referência comum, como ocorre nos diversos fusos horários que temos funcionando no mundo ao mesmo tempo. Referências também podem significar um componente do 'processo contextual' (consultar termo), mas esse não é o sentido habitual que utilizamos o termo. As Referências são um subtópico da autonomia, porque ter autonomia é também ter suas próprias referências.

Referência e Correspondência - [T82-T83, RECO]. A correspondência, ou correspondente, é o aspecto considerado objeto de consideração. A referência é o aspecto tomado como modelo ao qual o outro deve seguir e pelo qual o outro é julgado em conformidade ou não. São comuns os conflitos do Isso ou Aquilo (consultar termo) para definir qual deve ser a referência adotada para julgar se uma coisa está "certa ou errada". Mas a integração de referências, usando a postura do Isso e Aquilo é uma boa alternativa a se buscar.

Relações - [T78, RELA]. As relações são a faceta analítica, fragmentada, do 'pertencimento' (consultar termo). Se o pertencimento assume que tudo está conectado, e que o pertencimento humano a uma tribo, família, causa, é o que lhe dá sentido à vida, as relações possíveis ou as que se estabelecem, a cada momento atual, entre cada um dos aspectos com outros tantos da realidade, são uma visão mais próxima da experiência humana e da nossa capacidade limitada de compreender a realidade um pedaço de cada vez. As relações fazem parte do princípio do pertencimento.

Relativo - [T96, EMRE]. Quando falamos em relativo (ou conceitos afins como "relacional"), pensamos em algo que é condicional, extrínseco, heterorreferente, incompleto. Nessa perspectiva, consideramos algo em sua relação com outros fatores e não em si próprio. É importante destacar que, embora os aspectos relativos sejam uma dimensão inegável de todas as coisas, ideias e experiências que existem, isso não quer dizer que algo possa existir apenas na relação com o que se conecta, e que não tenha uma dimensão absoluta, própria, igualmente relevante, na qual é completo, incondicionado e pleno em si mesmo. "Na vida tudo é relativo. Um único fio de cabelo na cabeça é pouco, na sopa é muito.". Absoluto e relativo formam um par de opostos complementares.

Representação - [T32, REPE]. Compreendemos, sentimos e percebemos a realidade a cada momento com resultados diferentes. Mas como essas compreensões se estruturam para nós? Como elas são lembradas?  E como elas são, depois, transmitidas, para outras pessoas? As representações que fazemos da realidade são concretas (a fotografia de um momento) (pinturas rupestres na parede da caverna) ou abstratas (a lembrança que tenho de minha formatura) (histórias contadas ao redor da fogueira na mesma caverna) em relação ao meio pelo qual se apresentam, mas contém sempre abstrações nas quais buscamos corporificar a realidade vivida, pensada, sonhada. A representação contém uma pequena parcela (tangível a nós) da realidade à qual ela busca representar, mas é sob essa ponta do iceberg que nos apoiamos com nossos recursos conscientes de compreensão e intervenção no mundo. A representação faz parte da observação.

Representação dinâmica - [T32, REPE]. A representação (consultar termo acima) que fazemos do mundo pode ser estática, como uma foto, ou dinâmica, como um filme. A representação dinâmica incorpora o aspecto temporal como um dos aspectos presentes em sua formulação. A representação dinâmica contém os elementos da representação estática, como os objetos representados e suas posições no espaço e acrescenta outros decorrentes do aspecto temporal, como a direção e trajetória do movimento dos aspectos que decorre do sequenciamento de diversas posições estáticas. A representação dinâmica é mais completa que a representação estática.

Representação estática - [T32, REPE]. A representação (consultar termo acima) que fazemos do mundo pode ser estática, como uma foto, ou dinâmica, como um filme. A representação estática não incorpora o aspecto temporal como um dos  componentes de sua formulação. A representação estática faz um recorte temporal específico daquilo que ela representa, e não o atualiza, assim, costuma rapidamente se tornar obsoleta. Temos exemplos de seus efeitos quando visitamos uma cidade num ano, vemos o filho de um amigo em outro, e ficamos chocados anos depois que aquela representação estática que ficou em nossas memórias, "de repente", não corresponde mais à realidade concreta.

Restringir - [T31, PERS]. Nossa capacidade de perceber a realidade é limitada. É ainda mais limitada do que usar uma lanterna para iluminar o caminho numa noite totalmente escura. É como quando eu saio do meu trabalho e olho em direção a minha residência. O que vejo é uma massa de pequenos pontos, que na verdade são grandes prédios, que juntos formam meu bairro. Vou caminhando e depois de um tempo já reconheço a longa rua onde moro e muitas casas uma do lado da outra, mais um pouco e já vejo um pequeno ponto amarelo, fixo nele, continuo caminhando, e agora já vejo meu portão de ferro branco, as rosas no meu jardim, minha porta marrom, a maçaneta enferrujada, e todos os outros detalhes da frente de casa. Dessa mesma forma que essa experiência concreta, tudo na vida pode ser percebido e interpretado de uma maneira mais restrita, mais focada, delimitada e concentrada. Ampliar e restringir faz parte das perspectivas.

Risco - [T27, PROB]. O risco é uma dentre muitas das 'espécies de problemas' (consultar termo). Para além da importância de se saber os riscos de uma atividade que praticamos, os riscos também são importantes porque são a faceta negativa, indesejada, relativa ao ponto de observação de cada um, que se relacionam com os 'estados prováveis' (consultar termo) que são o aspecto no qual abordamos o tema da probabilidade, que é a forma mais racional de abordarmos o conceito da certeza (consultar termo 'confiança'), que exerce influência fundamental na vida humana. Além disso, existe a instigante fórmula que define risco como: risco = probabilidade de dano multiplicada pela magnitude de dano, fórmula interessante que não nos permite ignorar nenhuma das duas (probabilidade, magnitude) importantes variáveis. O risco faz parte dos problemas.

Sensações - [T62, SENS]. As sensações humanas vêm dos nossos sentidos e são os canais pelos quais uma pessoa capta informações do ambiente no qual ela está inserida. As sensações são mais difusas e carregam mais informações que as percepções (consultar termo), embora sejam menos definíveis, visto que são na maior parte processadas inconscientemente. As sensações fazem parte da Realidade Pessoal.

Sentimentos - [T63, SENT]. Os sentimentos humanos, e a importância (ou não) que damos para eles, são de certa forma um divisor de águas para as pessoas. Que fique bem claro, toda pessoa tem sentimentos, eles são dos mais diversos tipos, e têm fortíssima influência em nossas vidas. Mas algumas pessoas os negam, e outras os aceitam mais. Ou, dito melhor, cada um de nós nega alguns e aceita outras, ou lida melhor com alguns do que com outros. A integração consciente, consistente, centrada, dos diversos sentimentos sentidos a cada momento é um requisito fundamental para uma vida bem vivida. Passamos, todavia, dezenas de anos no ensino formal, e especialmente na faculdade para os estudantes das ciências exatas, sem que aprendamos, discutamos e treinamos uma melhor regulação dos nossos sentimentos. Os sentimentos fazem parte da realidade pessoal. 

Significado - [T66, SIGI]. O propósito são os objetivos maiores que nos movem e que apontam a direção a qual pretendemos seguir e a qual acreditamos que nos realizará como pessoas. O significado faz parte da realidade pessoal.

Situação Atual. Ver 'Manifestação Atual'. 

Sociedade - [T19, AGEN]. A sociedade é a reunião de todos os grupos, pessoas, regras, organizações etc. existentes num certo recorte temporal e espacial. Ela é tanto concreta, quanto pessoal, mas principalmente uma abstração, uma generalização que fazemos de uma multitude de fatores que não somos capazes de compreender senão em uma minúscula parte. A sociedade pode ser dividida em quatro setores sociais, que funcionam cada qual com um conjunto de regras e princípios diferentes - 1o setor, o estatal, 2o setor, o mercado, 3o setor, e 4o setor, a sociedade civil não organizada. Uma pessoa pode, e ocupa, diferentes lugares em diferentes setores ao mesmo tempo. A sociedade  faz parte dos agentes, que por sua vez fazem parte do caminho

Tangível - [T91, TANG]. Vivemos numa realidade infinitamente mais complexa e ampla do que nossos sentidos são capazes de captar, nossa razão é capaz de processar e nossa memória é capaz de lembrar. Dessa forma, apenas uma pequena parte da realidade é acessível, visível, compreensível, inteligível, enfim, tangível para nós. E a maior parte da realidade que nos cerca é intangível (consultar termo). Saber que tudo o que pensamos, percebemos e compreendemos é apenas uma parte do que existe é fundamental para sermos humildes em relação ao que pensamos a verdade e estarmos sempre dispostos a aprender e a transitar entre nossas ideias atuais, pontos de partida, e nossas ideias futuras, aprimoradas, sendo cada uma dessas etapas do nosso pensamento, uma pequena clareira visível, tangível, numa floresta de impressões incompletas onde trilhamos o nosso caminho cotidiano. O tangível faz parte do oposto complementar tangível e intangível (abaixo).

Tangível e Intangível - [T91-T92, TAIN]. Tangível-Intangível é um par de opostos complementares formado por tangível (consultar o termo acima) e intangível (consultar termo). Esse par é particularmente relevante porque tratamos de duas formas em que a mesma realidade se revela / não se revela à nossa percepção. Como um iceberg cuja pequena calota gelada aparente é uma pequena parte de um bloco de gelo muito maior que se encontra escondido de nós de baixo da água, o tangível é a parte visível e o intangível é a parte invisível do mesmo fenômeno, facetas de natureza distintas da mesma realidade. Ademais, na linha de Platão, às vezes não vemos algo diretamente, mas vemos "suas sombras". 

Tempo. ver 'Realidade Temporal'. 

Tempo de Observação - [T29, COBS].  Ao conjugarmos o aspecto do tempo (consultar 'realidade temporal') e da observação (consultar termo) obtemos o 'tempo de observação', que condiciona o que obtemos da mesma. Assim, observar um animal por um segundo nos dá praticamente uma foto de um estado estático ao contrário de observá-lo em vários momentos, de dia e de noite, com sua família e sem, satisfeito e com fome, no inverno e no verão etc. Assim como observar uma rocha por 10 anos é diferente de observá-la por mil anos, quando veremos uma variação muito mais dinâmica de seus estados. Esse aspecto é importante porque, muitas vezes que um aspecto da realidade conservação, e as pessoas ficam tentadas a dizer que ele não se submete ao fundamento da variação (consultar termo) é apenas porque o tempo de observação foi pequeno demais para percebê-la. O tempo de observação faz parte das condições de observação.

Teoria do Caminho, A. [T23, TLHO]. O conhecimento do ambiente, ou mapa, é a referência que temos do mundo, do terreno concreto ou simbólico que forma o contexto onde são traçados os percursos pelos quais caminhamos, ou seja, agimos. A teoria do caminho, ou conhecimento do ambiente, faz parte do caminho.

O trilho, ou percurso ideal, é componente do 'caminho' (consultar termo). Sua lógica está associada, racionalmente, a nosso desejo de obter o que queremos da forma mais rápida possível, o que também se fundamenta no princípio da melhor eficiência que é a base do paradigma da economia (consultar termo). Enfim, o percurso ideal é aquele imaginado, desejado, que é o mais rápido e simples, e menos custoso e arriscado, de se partir do ponto A, a situação atual (onde estamos) e chegar no ponto B, o destino (onde queremos chegar). Graficamente o trilho é uma reta do A -----> B; ou então, uma trilha que já se consolidou e se tornou óbvia e automatizada. O trilho é o oposto das trilhas. (consultar abaixo). 

Tipos de Problemas. [T27, PROB]. Os problemas (consultar termo) são necessidades insatisfeitas às quais a ação se dirige. Mas esses problemas podem ser das mais variadas espécies, e a própria forma que especificamos o problema já diz bastante sobre como o definimos. Um acidente de carro pode ser denominado como um crime, uma tragédia, um erro, uma falha etc., sendo que cada uma dessas espécies implica certas características próprias ao problema, que é o grande gênero que aglutina a todas as insuficiências e excessos. 

Todo - [T98, TODO]. O todo, é a condição do aspecto que é visto em si mesmo, como completo. Qualquer coisa, inclusive uma peça, é, em si, um todo, ainda que venha a funcionar como parte de um todo maior. O todo também é todo para as partes que ele integra, mas não é um todo - é parte - para os todos nos quais funciona como apenas um componente, uma parte. O todo é o aspecto oposto complementar da parte (consultar termo) e que a ela se agrega, formando um composto. O Todo faz parte do oposto complementar das partes e todo (consultar termo).

Tudo e Nada - [T97-T98, PATO] Para a realidade como ela é, o tudo é considerando um todo que não é parte de outro todo, e o nada é considerada a parte que não é mais composta de partes. Ambos são considerados conceitos metafísicos um tanto inúteis para os fins da realidade como ela é, e por isso remetemos o leitor a conceitos relevantes como o todo (consultar termo logo acima) e a parte (consultar termo).

Variação - [T72, VARI]. A variação, ou impermanência, ou mudança, ou variedade, é o segundo dentre os cinco princípios da realidade como ela é. A variação traz para o mundo seu caráter dinâmico, transformador, variado, diverso, diferente, e fluído, associando-se muito bem aos estados (consultar termo) da realidade, no qual algo se conserva em algum momento/período até que muda sua constituição, seu contexto, seu significado, sua finalidade, sua constituição e outros tantos dentre as centenas de aspectos que compartilham conteúdo para formar os aspectos em relação (consultar o termo relativo) que formam parte significativa da realidade como ela é.

Velocidade de Variação - [T92, VARI]. A variação gera a transformação e mudança dos aspectos, mas essa pode ser instantânea, rápida, progressiva ou lenta e a velocidade com a qual a variação ocorre impacta e muito a nossa realidade. Quando os materiais, como os nossos copos de vidro, variam de temperatura rápido demais, temos um choque térmico e eles se quebram. Da mesma forma, a variação instantânea entre ideias diferentes demais, que ocorre na abordagem binária do 'isso ou aquilo' (consultar termo) que contrapõe opostos, é muito mais difícil de compreender e gerar um senso comum do que uma variação mais lenta que percorra vários graus da ideia (consultar o termo escala) de forma progressiva, transitando com velocidade segura entre as ideias opostas até encontrar uma posição intermediária minimamente aceitável entre as diferentes visões de mundo que se debatem num conflito. A velocidade de variação faz parte do princípio da variação.

Vontade - [T64, LIPO]. A vontade é um aspecto elementar de como é o ser humano e o seu agir. Temos uma vontade inata que se dirige ao mundo inteiro, veja por exemplo o conceito de vontade de poder, e essa vontade se fragmenta para infindáveis objetos que ela deseja, busca, intenciona. A Vontade faz parte dos limites e possibilidades da pessoa.

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Imagem retirada de Pixabay.



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